terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Pacientes : Daniela e Gabriela Deziderio Callari


Estava meio perdida em relação a um bom Pediatra, quando me indicaram a Clínica Pró Vacin e o Dr. Rubens Bonomo. Nunca imaginei que, além de um excelente Pediatra, encontraria um amigo dedicado, que sempre deu retorno imediato aos meus telefonemas resolvendo os problemas de saúde das minhas filhas.

Pois é... todas as vezes que nossos filhos estão adoentados, precisamos de atenção, solidariedade e compreensão dos médicos que procuramos. Nem sempre isso é possível por vários motivos, mas o atendimento que recebemos até hoje do Dr. Rubens é, no mínimo, de um profissional extremamente competente.

Costumo dizer que, em se tratando do Pediatra Rubens, considero o melhor e está sempre atendendo com a maior boa vontade e dando a devida atenção. 

Excelente alergista, sempre encontrando soluções para os mais complicados casos nesse setor.

Concluindo, eu e minha família admiramos muito esse profissional tão dedicado e tão atento a todos os detalhes para o bem estar de suas crianças.

Agradeço a Deus por ter colocado em nosso caminho, o Dr. Rubens Bonomo.

Grande abraço a todos! 

Marilize Callari 


sábado, 7 de janeiro de 2012

Bebê Chiador e o Refluxo - "O grande vilão"


Bom Dia,

Nos casos  de “Bebê Chiador” (Síndrome do Lactente com Sibilância), o Sr. defende, invariavelmente, uma abordagem ampla e complexa, envolvendo  o Refluxo Gatroesofágico, as Alergias às proteínas do leite de vaca e aos agentes inalatórios, apesar de  só serem passíveis de rastreamento a partir dos dois anos, e considera ainda a imaturidade imunológica dessa idade. Complementando a pergunta quanto à restrição dos produtos lácteos, também gostaríamos de questionar a real necessidade (prioridade) dos exames referentes ao Refluxo e principalmente, para a  deficiência imunológica, haja vista não haver tratamento.

Dra. Silvia Silva Rezende CRM 129.112
Dra. Lorena Ganem El Awar  CRM 142.841
 

Consultem no blog do “Bebê Chiador” os temas: Por que solicitar exames para alergia (referência aos laticínios) e Bebê Chiador, uma abordagem ampla, complexa e polêmica (referência ao diagnóstico das alergias respiratórias e imunidade).  

Conforme a designação, refluxo gastroesofágico é o retorno do conteúdo gástrico, contendo alimentos mal digeridos misturados com ácido clorídrico, ao esôfago. 

 Nos primeiros 3/6 meses de vida, os sintomas clássicos dos vômitos e das regurgitações não deixam dúvidas quanto à ocorrência de refluxos, quando os temerosos riscos de aspiração pulmonar maciça, causando morte súbita, justificam a medicação anti-refluxo, sem a solicitação de qualquer exame. 

 A partir dessa idade, os vômitos por não mais chamarem tanto a atenção, deixam a impressão de não ocorrer refluxos. Contudo, o material refluído pode ficar contido no esôfago, não sendo expelido através dos vômitos, o que caracteriza os refluxos ocultos, os quais sinalizam sua presença por meio de sintomas inespecíficos como eructações e salivação excessiva (sialorréia), soluços, engasgos e sufocos (perda de fôlego), hálito forte ou azedo e, por mais estranheza que possam causar, com sintomas relacionados com complicações respiratórias, mais especificamente otorrinolaringológicas e pulmonares.

Nesses casos, microaspirações de secreções ácidas dos refluxos, atingem, por contiguidade, estruturas circunvizinhas do esôfago, como a faringe, laringe e até os seios da face, ouvidos e pulmões. De forma que, impõem-se uma investigação diagnóstica, inclusive  para pesar riscos e benefícios das medicações  para refluxo e determinar a duração do tratamento,  sempre que esses sintomas se apresentarem com relativa frequência, assim como nos pacientes com antecedentes de otites, sinusites e faringites de repetição e quando houver queixas de aperto ou sensação de algo entalado na garganta (globus faringeus), de voz fanha ou choro rouco, pigarro, dando-se especial atenção às crianças com antecedentes de tosse recorrente ou refratária aos tratamentos convencionais, uma vez que os refluxos podem, do mesmo modo , precipitar quadros indistinguíveis aos dos causados pelas infecções, diagnosticados como Laringites (“tosse de cachorro”)  e Bronquiolites, em que o ”Bebê Chiador” protagoniza o cenário. 

 Com os avanços tecnológicos, anos 2010, apesar dos pesares, o “Refluxo Gastroesofágico passou de coadjuvante à protagonista, como o grande vilão”. 

O epicentro da problemática é que existem pouquíssimos centros referenciados, que se dispõe a realizar alguns procedimentos de grande valia diagnóstica na população infantil, particularmente nos primeiros sete anos, os quais são realizados, de rotina, a partir dos 12 anos de idade. Justificável, em parte, pela falta de cooperação dos pequenos pacientes, imposta pelas condições técnicas exigidas para a realização de alguns destes exames, o que pode gerar laudos incompletos e, o quê é pior: resultados divergentes ou discrepantes com o quadro clínico exibido pelos pequenos pacientes, além de induzir o médico a priorizar exames em detrimento de outros, ainda que pesem sua menor especificidade e sensibilidade. 

Outro senão é que o refluxo gastroesofágico está ligado a gastrenterologia, porém, depende de avaliações em otorrinolaringologia e pneumologia e a abordagem diagnóstica e terapêutica nem sempre é consensual, particularmente tratando-se do “Bebê Chiador”, especialmente nos casos em que se cogita a correção cirúrgica do refluxo, quando entra em cena o cirurgião infantil. Motivos que vêm reforçar a necessidade da criação de centros especializados destinados ao atendimento do “Bebê Chiador”.  

Complicações digestivas: Esofagite de Refluxo. 

O sintoma chamativo é a azia ou pirose, que é a sensação de queimação no peito (retroesternal), muitas vezes, acompanhada de dor ou dificuldade à deglutição (odinofagia). Nos escolares e adolescentes, em que pesa o fator do estresse, é relativamente frequente a queixa de dor ou aperto no peito, que nos adultos cria expectativas, por simular infarto. Em crianças pequenas, este quadro é traduzido por extrema irritabilidade durante e logo após as mamadas. A criança para de mamar (mama pouco)- dói- e não respeita os intervalos, permanece chorosa e inquieta, pois sente fome. Simplesmente: CHORA. 

O exame para diagnosticar a esofagite é a endoscopia digestiva alta, em cujos achados anátomo-patológicos deve constar a contagem de eosinófilos intra-epiteliais por campo. 

Sua indicação não está condicionada a uma determinada idade (não existe uma idade limite). É necessário destreza do endoscopista e ponderação do médico solicitante. Mais um motivo para a implantação de serviços especializados no atendimento da população infantil mais jovem. 

Este procedimento, apesar de não deixar de ser incômodo e de não estar totalmente isento de riscos, já que necessita de sedação, está indicado nos pacientes com refluxos importantes, mesmo que não apresentem sintomas, propriamente, de esofagite. Deve-se considerar que o esôfago é o órgão de choque, o órgão escudo- é passagem obrigatória dos refluxos- porém, a doença (o comprometimento do esôfago) pode estar numa fase inicial, assintomática, em que o diagnóstico precoce faculta abreviar o tempo de tratamento, assim como empregar menos medicações, mudanças comportamentais e restrições dietéticas mais flexíveis, além de exigir um número menor de endoscopias de controle. 

Temos constatado um número considerável de endoscopias com alterações anátomo-patológicas de esofagite, em crianças com manifestações respiratórias associadas ao refluxo, sem sintomas de esofagite. Vale questionar se realmente estavam assintomáticas ou com sintomas leves, pois a falta de comunicação dos pequenos pacientes impossibilita obter uma história pregressa do problema, o que já não ocorre com relação às doenças respiratórias, nas quais as crises de tosse, chiado no peito e falta de ar, muitas vezes, associadas com febre, direcionam o diagnóstico. Nada que um simples raio-X de tórax (dos pulmões) não possa esclarecer. 

A esofagite é identificada pelo endoscopista, macroscopicamente, em aproximadamente 60% dos casos. Especula-se que 30% dos eventos sejam confirmados pelo exame anátomo-patológico (microscópico), em cujos achados é importante a determinação do número de eosinófilos por campo, a fim de afastar um componente alérgico agregado.  A presença de mais de 30 eosinófilos por campo, caracteriza a esofagite eosinofílica.

Dessa forma, além de ampliar a margem diagnóstica para 90%, com a patologia, obtém-se um perfil dos pacientes com esofagite, que irá cursar com maiores riscos de complicações mais sérias, inclusive os casos com maior tendência para desenvolver, na idade adulta, o esôfago de Barret. A “barretização” é uma lesão pré-cancerosa que pode se instalar nas evoluções crônicas, geralmente que se arrastam por mais de dez anos, quando o tratamento é negligenciado, principalmente ao se protelar a correção cirúrgica dos refluxos. 

Complicações extra digestivas ou extra esofágicas dos refluxos.

Com ressalvas à pHmetria esofágica prolongada que, apesar de ser coroada como Padrão Ouro (“Gold Stantard”), não é um procedimento rotineiro, uma vez que é necessária a internação com toda sua carga emocional, dificilmente consegue-se comprovar 100% que um certo sintoma, como o “chiado no peito” ou a tosse , possa ser causado pelos refluxos.  

A abordagem diagnóstica que objetiva relacionar os refluxos com estes sintomas é complexa e polêmica. Complexa por não existir um resultado excludente e pela multiplicidade de exames laboratoriais e de imagens, os quais, quando somados a procedimentos mais especializados, podem fornecer indícios, eventualmente confirmar, que o sintoma seja decorrente dos refluxos. 

O X do problema, é que existem poucos centros referenciados, que se dispõe a realizar determinados procedimentos na população infantil, principalmente nos primeiros sete anos, o que obriga o médico a priorizar exames em detrimento de outros, ainda que pesem a sua menor especificidade e sensibilidade. Daí, a polêmica que envolve este estudo, muitas vezes, instigada por pareceres divergentes ou resultados de exames discrepantes com o quadro clínico dos pacientes. 

Diagnóstico X Exames 

A suspeita diagnóstica baseia-se na história do paciente (anamnese) e os procedimentos como a nasofaringolaringofibroscopia (vídeo), o deglutograma (vídeo) com raios-X contrastado do esõfago, estômago e duodeno (EED) e a cintilografia pulmonar, podem aumentar a suspeita do sintoma corresponder a uma reação das vias aéreas em resposta às microaspirações dos refluxos. Contudo, excetuando-se a pHmetria, raramente comprovam esta suposição. Estes exames não são excludentes, os resultados se complementam, sendo extremamente difícil chegar a uma definição diagnóstica, até mesmo pela sua logística, com um único procedimento.  

O tempo dispensado para a realização de alguns destes procedimentos é questionável, podendo revelar um refluxo que não corresponde à realidade do paciente, porém, focalizando a população infantil, dificilmente este tempo poderá ser ampliado. Os avanços tecnológicos caminham exatamente no sentido contrário, com o objetivo de minimizar os desconfortos e baratear custos, as expectativas são de reduzir este tempo em curto prazo.             

8Videodeglutograma ou Deglutograma visa identificar, por meio de estudo radiológico contrastado, anormalidades em alguma fase da deglutição (oral, faríngea e/ou esofágica), que estejam favorecendo a penetração (escape) do contraste para a rinofaringe ou sua aspiração traqueal – aspiração do que se ingere e não propriamente do material refluído do estômago ao esôfago e órgãos vizinhos (refluxo). Distúrbios mais comuns em crianças com paralisia cerebral, nas que nasceram com lábio leporino, fenda palatina ou que foram intubadas. 

8Os raios-X com contraste do esôfago são úteis, mais especificamente, para detecção de algum problema anatômico, como a hérnia de hiato, que esteja predispondo o refluxo (casos de refluxo secundário) e impossibilitando controlar os sintomas através do tratamento clínico. 

8A cintilografia pulmonar após ingestão de tecnésio, pode ocasionalmente evidenciar aspiração do contraste para as vias aéreas superiores e inferiores, porém, não se impõem que essa pesquisa seja solicitada de rotina. Em comparação ao EED, tem-se a impressão, de fornecer mais detalhes técnicos com relação ao número de refluxos, intensidade e localização esofágica, assim como na determinação do tempo de esvaziamento gástrico. 

Os riscos de complicações são, aritmeticamente, proporcionais ao maior número de refluxos. Os refluxos tendem a ser mais frequentes, quando se constata uma lentificação (um retardo) no tempo de esvaziamento gástrico (digestão difícil), quando então são menores os riscos de reações adversas decorrentes da medicação procinética, com os derivados da domperidona (motilium, peridal) e da bromoprida (digesan). Quanto à localização, os refluxos que atingem o 1/3 superior do esôfago (região próxima da garganta), cursam com maiores probabilidades de invadir estruturas circunvizinhas e, portanto, de estarem associados à sintomas extra esofágicos.  

Essa maior sensibilidade e especificidade, talvez, sejam devidas à qualificação das equipes técnicas de determinados centros especializados e não propriamente à tecnologia.

8Videonasofaringolaringofibroscopia é um procedimento otorrinolaringológico que avalia sinais de comprometimento da rinofaringe e da laringe, causados pelos refluxos. Paralelamente, determina a existência de rinite alérgica e de alterações estruturais, como as adenóides, relacionadas com processos infecciosos de repetição das vias aéreas superiores (sinusites e otites recorrentes). Os achados complementam os resultados do EED e da cintilografia.   

8A pHmetria esofágica prolongada, por permitir uma monitorização durante um período  de aproximadamente 24 horas, é o exame que retrata um cenário que mais se aproxima da realidade do paciente. Analisa os refluxos de maneira mais detalhada, registrando o tempo de exposição do esôfago à acidez gástrica (pH inferior a 4) assim como a intensidade, duração, localização e freqüência dos refluxos, correlacionando-os com a alimentação, posição do paciente (em pé, deitado) e com os sintomas apresentados. Isto é muito importante especialmente nos casos que cursam com sintomas pulmonares e/ou otorrinolaringológicos, dor torácica não cardíaca e outras queixas vagas, entre as quais, eructações e soluços, sem uma causa evidente.

Dessa maneira a pHmetria possibilita traçar um perfil dos casos com maior potencial de complicações e firmar um outro conceito: os refluxos que ocorrem dentro dos parâmetros (limites, níveis) aceitáveis são considerados fisiológicos e os que estão acima, patológicos. 

Não deixa de ser uma análise de fundo aritmético e, neste contexto, não há como sonegar que os refluxos mais importantes assumem riscos de complicações proporcionalmente mais elevados. É inconteste que quanto maior o número de refluxos de longa duração (tempo que a mucosa esofágica fica exposta à ação corrosiva da acidez gástrica), maiores serão os risco de esofagite. Da mesma forma, quanto mais frequente forem os refluxos, que atingirem o terço proximal do esôfago, maiores os riscos de complicações extra esofágicas, com manifestações pulmonares e/ou otorrinolaringológicas.

Contudo, esta definição é polêmica, pois não podemos desconsiderar a suscetibilidade individual em que o refluxo, por mais insignificante que seja, pode evoluir com alguma complicação. Tratando-se de crianças de baixa idade, especialmente de recém-nascidos (primeiros 28 dias de vida), um único episódio de vômito pode causar aspiração pulmonar maciça e apnéia (parada da respiração) com morte súbita. Este fato vem reforçar a opinião de que nenhum refluxo deve ser negligenciado, particularmente nos primeiros três meses de vida, quando sempre existirão em condições iminentes de emergência médica. 

Tem-se avaliado a possibilidade de reduzir a duração deste procedimento, visando baratear os custos e principalmente amenizar o desconforto, entretanto, desde os anos 2000, ainda não houve um consenso quanto ao tempo mínimo para uma avaliação fidedigna dos refluxos. Questionam-se os registros descritos com duração de três horas, demonstrando uma paridade de valores com os de 24 horas.

Antigamente havia o inconveniente da internação. Com o avanço tecnológico, em 1980 foi possível a miniaturização do aparelho e por volta de 1990, o exame já pôde ser realizado em regime domiciliar, com equipamento tipo Holter, em crianças com idade superior aos 6/7 anos . Além de diminuir o custo operacional, o exame permite uma avaliação em ambiente que não foge muito à rotina dos pacientes, porém perde em logística, fica-se sem o apoio técnico, o que pode comprometer o exame (яΤв). 

O exame Padrão Ouro (“Gold Standard”)

Considera-se refluxo quando a pHmetria registrar um pH < 4  durante, pelo menos, 15 segundos. São excluídos os refluxos pós-prandiais ou alimentares, ou seja, os que ocorrem nos primeiros cinco minutos que sucedem as refeições.

Os parâmetros fornecidos pela pHmetria para considerar um refluxo fisiológico são: 

1.     Número total de refluxos - normal até 50.

2.     Numero de refluxos de duração prolongada (superior a cinco minutos) - normal até três.

3.     Duração de refluxo mais longo - normal um episódio com duração até nove minutos.

4.     Tempo de refluxo nas 24 horas expresso em % - normal < 4,2% do tempo total do exame.

5.     Tempo de refluxo em posição ortostática (em pé) expresso em % - normal < 6,3%.

6.     Tempo de refluxo em posição supina (deitada) expresso em % - normal < 1,2 %.  

Em termos práticos, o refluxo fisiológico é caracterizado por episódios curtos, observados predominantemente no período pós-prandial e raramente à noite. 

A pHmetria esofágica prolongada é um exame padrão ouro, prata ou bronze? 
De acordo com a pHmetria, refluxo fisiológico é aquele que apresenta uma evolução com riscos de complicações significativamente inferiores em comparação com o patológico, contudo, não estão isentos  de complicações. 

Na prática, não é raro refluxos rotulados como fisiológicos, pela pHmetria, apresentarem uma evolução complicada e outros patológicos, monitorados por longo tempo, com uma evolução de manuseio mais favorável.  

Estes fatos vão de encontro com o que reza a definição do refluxo fisiológico ter uma evolução isenta de complicações, ao contrário do patológico. Partindo, ainda, do pressuposto que os exames, particularmente em se tratando da pHmetria, são solicitados, somente, frente à uma forte suspeita clínica, considerar os refluxos como fisiológicos vai na contramão do quadro clínico. Para evitar essa polêmica, a tendência dos laudos técnicos é, apenas, discriminar os refluxos e de omitir a terminologia do fisiológico e do patológico.    

No estudo das manifestações extra digestivas, em que há indicação formal da pHmetria, falta estabelecer critérios, menos subjetivos, para definir os refluxos patológicos, ou seja, até que ponto  pode ser considerado tolerável (normal) que um determinado sintoma, como o  ‘chiado no peito” ou a tosse, seja causado pelos refluxos. 

Em dois aspectos os autores partilham da mesma ideia: considerar a pHmetria como exame padrão ouro, embora não deixe de estar sujeita à críticas e valer-se da prova terapêutica para avaliar o papel do refluxo, nos casos que evoluem com sintomas otorrinolaringológicos e/ou respiratórios. 

“O veredicto final”

- Quanto ao tratamento da esofagite: a maioria dos pacientes apresenta alívio dos sintomas em média de dez dias depois de instituído o tratamento, com cicatrização das lesões da mucosa do esôfago transcorridos até 90 dias, quando deve ser realizada nova endoscopia.  

Caso os sintomas persistam ou se não havendo resolução do processo cicatricial em até 12 meses, a esofagite é considerada refratária. Apesar de ser um prazo extremamente prolongado, este conceito não merece maior polêmica, já que essa evolução raramente ocorre, salvo quando os pacientes transgridem o tratamento.  

Se de um lado a esofagite refratária é rara, o mesmo não é observado com relação às recorrências. Existem citações de até 80% de recidivas após seis meses da suspensão ou redução dos medicamentos. A partir da quarta reincidência, cogita-se o tratamento cirúrgico.

- Quanto ao tratamento das manifestações extra digestivas: nos casos de refluxos gastroesofágicos isolados, geralmente, os sintomas são controlados em até dois meses e as perspectivas, com ressalves, são de que os pacientes permaneçam senão assintomáticos, com sintomas leves por um período de aproximadamente um ano.

Como na grande maioria dos casos, principalmente nos primeiros dois anos de idade, os refluxos cursam associados a outros processos, a exemplo da alergia às proteínas do leite de vaca, as expectativas são de melhora significativa e não de cura.

Resumindo

Sem dúvidas, a abordagem diagnóstica dos refluxos pode ser resumida em dois procedimentos de especificidade e sensibilidade inquestionáveis, ainda que pesem alguns “poréns”, já enfatizados. A endoscopia para o diagnóstico das complicações digestivas, mais especificamente para o diagnóstico e tratamento, inclusive cirúrgico, da esofagite de refluxo e a pHmetria esofágica de 24 horas para avaliar se as manifestações  extra digestivas estão ou não relacionados com o refluxo gastroesofágico. 

A endoscopia, assim como a nasofaringolaringofibroscopia, tem a finalidade de detectar sinais sugestivos do comprometimento da ação corrosiva da acidez gástrica decorrentes dos refluxos e não, propriamente, flagrar o escape dos refluxos para estruturas adjacentes do esôfago, objetivo dos raios-x com contraste (EED) e da cintilografia. Todos, envolvidos com a teoria que tem como base o contato direto dos refluxos (micro aspirações), para atingir os órgãos circunvizinhos e justificar os sintomas otorrinolaringológicos e/ou pulmonares causados pelos refluxos. Esta teoria é mais aplicada em crianças jovens e nos idosos, já que, na maioria das vezes, está condicionada a alguma deficiência (incoordenação), ainda que fisiológica da idade, na dinâmica da deglutição. 

A outra teoria, aplicada quando não se associa as microaspirações dos refluxos com algum sintoma atípico, como nos casos de dor precordial simulando infarto, é a do estímulo de terminações vagais ou do mecanismo reflexo mediado pelo vago.
O nervo vago é responsável pela inervação dos órgãos do trato digestivo (faringe, esôfago, estômago) e do aparelho cardiorrespiratório  (coração / laringe, traquéia, pulmões), daí sua antiga denominação de nervo pneumogástrico.

Nessa teoria, supõe-se que o contato do ácido clorídrico do estômago com o esôfago, promove indiretamente, por mecanismo reflexo (de tabela), na dependência da suscetibilidade dos pacientes, sintomas relacionados com os órgãos que têm a mesma inervação. 

Nesses casos, que cursam com sintomas inespecíficos, em que conjectura-se muito e conclui-se pouco (sem uma luz diagnóstica), torna-se imprescindível a pHmetria.
O ideal seria que a pHmetria fosse conjugada à eletromanometria, que  é o procedimento que avalia a tonicidade dos esfíncteres esofágicos superior e inferior, já que a constatação de hipotonia dá mais sustentação à indicação cirúrgica dos refluxos.


Contudo, os centros especializados, além de escassos, só disponibilizam este exame a partir dos 12 anos e mesmo assim...

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Paciente : Maurício Gomes Ribeiro


Prezado Dr. Rubens, 

Boa Tarde!

Meu filho Mauricio Gomes Ribeiro há cerca de 3 anos tem apresentado crises frequentes de Bronquite, asma, sinusite, infecções bacterianas e dermatite atópica.  Passamos por cerca de 5 especialistas antes de iniciar o tratamento junto ao Dr. Rubens. O inicio do tratamento foi em Março 2010 onde foi diagnosticado Alergia ao Leite de Vaca, bem como a outros alimentos e também baixa imunidade.

Há 1 ano e 9 meses ele está com a restrição total ao leite de vaca  e tomando vacinas de imunoterapia. As crises de asma foram controladas. Em 2010 devido a uma infecção grave foi hospitalizado por 9 dias.  Em 2011 as crises de sinusite, infecções bacterianas e alergias de pele continuam. Nossa expectativa é que nos próximos meses as infecções e crises de sinusites possam ser controladas e a medicação de uso contínuo reduzida. 

Atenciosamente,

Kelly Ribeiro

Paciente:-Priscilla Thiemy Kinuta


                     Paciente:- Priscilla Thiemy Kinuta

                              

         Data Nascimento:-28/03/1991(Prematura/7 meses) 

          Quando a Priscilla fez 01 ano, surgiram muitas febres, pneumonias, alergias à insetos e alimentos, foi quando conheci o  Dr.Rubens T.Bonomo (05/1992),em uma das muitas internações no Hospital Edmundo Vasconcelos. Depois da alta do hospital, fomos à Clinica do Dr.Rubens, onde ele recomendou que fizéssemos o tratamento com vacinas e medicamentos.

          O tratamento com as vacinas terminou em 1997, aos 6 anos, quando a Priscilla teve alta.  

Hoje dia 28/12/2011, a Priscilla   está  com  20 anos e é uma jovem saudável.

Esta ótima, com 99,99%  de saúde. Pode estar calor ou frio, que a alergia não se manifesta. Não mais range os dentes, nem ronca e respira normalmente pelo nariz, etc...

          Só tenho que agradecer ao Dr. Rubens Tadeu Bonomo, pela paciência, sabedoria e dedicação nestes 19 anos . Sem você, eu não saberia como ter agido em relação à saúde da nossa amada Priscilla. 

          Muito obrigado por tudo.


          Edmeia S.N.Kinuta.

          Mamãe da Priscilla.